Cansados de repetir na Tribuna da Câmara as queixas dos ruralistas itapagipenses e enviar ofícios e indicações ao Executivo para que as estradas, pontes e mata-burros de diversas regiões fossem consertados, os vereadores Teotônio Sabino, Orides Barbosa e Nágila Maluf decidiram percorrer o município a fim de registrar com fotos a situação caótica em que se encontra a zona rural de Itapagipe. “É uma situação de abandono”, descreveram.
“Falar não adiantou, pedir também não. Desde o início deste mandato, nós estamos trazendo nas reuniões da Câmara o clamor da população rural por melhores estradas e mata-burros e nada foi feito”, disse Orides.
“Então decidimos percorrer o município e registrar em fotos a real situação. Quem sabe assim, vendo as imagens, a prefeita entenda que não se trata de politicagem ou choradeira à toa, e sim de uma real necessidade de atenção”, comentou Teotônio.
“O que a gente quer é a solução do problema, que é sério. Deparamos com pontes que estão desabando, lugares que, sinceramente, não sei como os veículos conseguem passar. E pior, são locais por onde passam ônibus do transporte escolar cheio de crianças (foto)”, alertou Nágila.
“A situação é gravíssima e só Deus sabe como até hoje não aconteceu uma tragédia”, ressaltou. “Eu não entendo como a prefeita, que é mãe, não tenha se sensibilizado até hoje com essa situação”, exclamou a vereadora.
Em três regiões visitadas até agora – Córrego da Égua, Ribeirão do Boi e Talhados – os três vereadores fotografaram, pelo menos, 35 pontos críticos. Mata-burros que, sem manutenção, já foram “interditados” pelos próprios fazendeiros, pontes com risco de desabamento, fora outra que, há quase três anos, foi levada pela chuva e até hoje não foi reconstruída.
O descaso é tamanho que, em muitos casos, os próprios fazendeiros se dispõem a doar a madeira para a Prefeitura fazer a manutenção dos mata-burros, mas a Administração ou busca as toras e desvia sua finalidade ou nem as busca, deixando a madeira abandonada apodrecendo no pasto.
“Tiramos fotos de madeiras abandonadas na região do Ribeirão do Boi, na propriedade do Valdésio”, conta Teotônio. “Na próxima semana, continuaremos a andar pelo município visitando e fotografando outras regiões”, informou ele.
“Como já disse, nossa intenção é sensibilizar a prefeita para que ela resolva o problema, mas, se nem as imagens forem suficientes para convencê-la da gravidade da situação, iremos ao Ministério Público outra vez”, disse Nágila. “Desse jeito, não pode ficar”.
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