Câmara Municipal rejeita dois pedidos de CPI contra prefeita de Frutal

Os dois pedidos de abertura de Comissão Processante de Investigação contra a prefeita de Frutal Maria Cecília Marchi Borges “Ciça” em ambos os casos a rejeição ocorreu por não haver quantidade suficiente de votos.
O primeiro de autoria do advogado Flavio Ribeiro da Costa teve como base o relatório da CEI do Frei Gabriel “CPI da Saúde”, este rejeitado por 6 a 3 para essa votação foi necessário à convocação de três suplentes em razão de Carlos Roberto Silva, Edgard Luiz Mendonça e Joab de Paula Alves que integravam a Comissão Especial de Investigação serem impedidos de analisar o pedido, no lugar deles foram convocados o pastor Sinomar Borges, a ex-vereadora Gleiva Ferreira de Melo e o ex-vereador Claudio Rodrigues Borges “Batatinha” dos três convocados Claudio Borges foi o único que não compareceu.
Após a discussão em plenário o presidente Jose Adão da Silva “Zizi” colocou o pedido em votação Maiza Signoreli Nunes, Antônio Joaquim da Silva “Toe da Veia”, Sebastião Custódio Couto Junior “Juninho do Sindicato”, Ranier Romes de Oliveira, Sinomar Borges e Gleiva Melo votaram contra a criação da Comissão Processante e ainda Edvalder Fernandes da Silva “Cheiroso”, Josimar Ferreira Campos e Jose Adão da Silva votaram a favor da criação da CPI, em seguida houve a dispensa dos suplentes.
Somente o ex-vereador Batatinha não compareceu à convocação. Durante a votação a base aliada da prefeita voltou a defender o serviço de saúde do município, e a ex-vereadora Gleiva Melo fez inúmeras críticas ao trabalho da CEI. Para ela, a questão é apenas política.
Já o vereador Edivalder defendeu o trabalho da CEI e lembrou que ela foi instalada há mais de 200 dias e podia ter sido concluída fora do ano eleitoral.
Prosseguindo com a pauta de CPI’s que lotou todas as dependências da Câmara Municipal, o presidente Zizi colocou o segundo pedido de instalação de CPI, esta de autoria do professor Quirino François de Oliveira Vasconcelos o pedido teve como base inquérito civil aberto pelo Ministério Público da Comarca em que a prefeita Maria Cecília “Ciça” é acusada de omissão em processos que o município move contra o ex-prefeito de Frutal o medico e marido de Ciça, Luiz Antônio Zanto Campos Borges. O MP ingressou com ação na Justiça e notificou a Câmara sobre o possível ato de Improbidade Administrativa e Crime de Prevaricação, praticados pela prefeita, mas mesmo com todos os atuais vereadores tendo direito a voto a votação terminou empatada em 5 a 5 e, como necessitava de maioria absoluta, ou seja, 7 votos, o projeto também foi arquivado.
O vereador Josimar com o plenário lotado, destacou que muitos dos presentes são funcionários do Poder Executivo que foram obrigados a comparecer na reunião, foi difícil para o presidente da casa, Zizi, manter o público sob controle, ou melhor, sem controle. Durante todo o tempo os vereadores de situação da prefeita Ciça eram aplaudidos.
Somente ao terminar as votações alguns manifestantes tiveram lugar nas cadeiras do plenário que com caras-pintadas, adereços de carnaval e cartazes chamavam a atenção dos vereadores, porém a pauta de interesse dos mesmos já havia sido rejeitada pela Câmara Municipal e suas manifestações ficaram em vão. Porém, o vereador Carlos Roberto afirmou que o trabalho continua, pois a CEI fez o seu trabalho e todo relatório foi distribuído aos órgãos competentes, diante do lamentável fato de rejeição na Câmara Municipal, pelos senhores vereadores que assim desclassificaram qualquer ato irregular da administração municipal, diante dos votos na noite de 23 de abril.