Tudo na vida é uma consequência de como se realiza e de quão
competente podemos e demonstramos ser.
Na correria, ficou difícil para as emissoras venderem espaço e isso percebeu-se quando o mediador do primeiro debate, promovido pela rádio Centenário – 97FM, Peterson de Paula, logo ao início da contenda se desculpou com os anunciantes contratados do horário por invadir seu espaço. Como se já não bastassem as intervenções que virão com o horário político a interferir nas chamadas publicitárias. Isso poderia ser mais bem equacionado.
Ainda sobre a questão, o debate começou com atraso. Marcado para as onze da manhã de sábado, o programa iniciou quatro minutos depois. Tempo é dinheiro, mas, como já dissemos acima, talvez não houvesse interesse comercial o suficiente para incentivo de pontualidade.
Então, vamos ao que interessa.
Na largada, claro, abriu-se com apresentações de praxe, onde os candidatos foram citados por ordem de sua chegada ao prédio da emissora. Evidentemente, como ex-vizinho e próximo ao proprietário da rádio, o candidato do PT Ésio dos Santos e sua candidata à vice, Maria Lucia Azoia foi o primeiro a ter seu nome proferido. Em seguida, o mediador apresentou o candidato do PTB Toninho Heitor e seu assessor. Por fim tivemos o candidato do PSC Mauri Alves e assessoria.
Para definição da vez de cada um, foi escolhida a formula de sorteio por ordem de chegada ao local, com cada candidato “metendo a mão na cumbuca” e retirando o papelzinho. Assim, ficou Mauri, Esio e Toninho sequenciados para as respostas, em rotatividade. Tempo delimitado por sinal sonoro como de praxe.
Nas apresentações, perde-se tempo, como sempre, com os cumprimentos aos que já estão presentes e deixa-se de dar foco ao eleitor que está do outro lado da antena. Isso é de uma inutilidade costumeira em todo meio midiático. Já estavam no local, logo, já teriam se cumprimentado todos.
Quanto ao debate em si, ficou clara a superioridade, na desenvoltura de quem já cedeu incontáveis entrevistas e tem a experiência de ter ocupado o cargo por duas oportunidades. Toninho Heitor melhorou sua dicção fazendo-se melhor entender. Veio bem articulado e assessorado.
Esio dos Santos ainda mantém certa dificuldade léxica, todavia também não se assusta com microfones. Soou estranho sua pergunta, no ar, sobre onde estaria o assessor/marqueteiro Carlos Lima naquele momento de apresentações, mandando abraço. O jornalista estava na sala ao lado.
Mauri Alves demonstrou nervosismo e certa dificuldade, em especial sobre planejamento de campanha, no que foi indagado pelo contendor Toninho Heitor que alegou saber que o plano de governo da coligação de Mauri ser cópia de outras localidades e que isso não era o ideal, pois cada lugar tem sua peculiaridade.
No mais, em determinado momento do debate, Esio tentou apimentar a discussão, com pequenas acusações, refreadas e contidas com elementares negativas. Nada acrescentou.
Conclusão
Em uma campanha sem os antigos artifícios tais como showmício, carros de som sem quantia e tantos outros exageros, seria de bom alvitre debates com esclarecimentos mais pontuais e para isso, haveria de as emissoras se unirem para delinear mais eventos com enfoque preciso de pontos nevrálgicos (pastas com maior apelo e necessidade geral). Foi prematuro esse primeiro debate e, por conta disso, inócuo. Vencedor? Não houve. Perdedor? Sim. O eleitor ouvinte.
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