segunda-feira, junho 04, 2012
Nair se irrita com pronunciamento de Adriano sobre ‘vereador de caminhão de terra e lombadas
A vereadora Nair Ferreira Faria de Araújo, do PSDB, demonstrou irritação com o pronunciamento do colega Adriano Ferreira de Morais, do PMDB, e desabafou na Tribuna.
Antecedendo a vereadora tucana, Adriano afirmou que não pretende ser vereador “de pedir lombadas, canaletas, moção de pesar, caminhão de terra e mata-burros”. Que, para ele, o vereador tem que cumprir com sua obrigação constitucional e trabalhar de acordo com o que está na Lei Orgânica, fiscalizando o Executivo e fazendo projetos.
Apesar de não ter tido seu nome citado, Nair mostrou-se indignada com as palavras do colega, que ela classificou como uma afronta.
“Eu não admito que me afrontem e que me chamem de vereadora de caminhão de terra, de lombada, de canaleta. Eu sou vereadora para qualquer coisa”, irritou-se.
Nair, assim como os colegas do bloco de sustentação do governo Benice – Alcindo, Cascão e Toco –, votam sempre contra as tentativas dos vereadores do G5, formado por César, Teotônio, Adriano, Orides e Nágila, de se tentar fiscalizar o Executivo.
Nair também tem se destacado nos últimos anos por ter como grande maioria de suas proposições, moções de pesar por todos os falecimentos da cidade.
“Comadre” da prefeita, como ela costuma dizer, a vereadora também repassa à chefe do Executivo pedidos de caminhões de terras e outros favores solicitados por seus eleitores. “Qualquer coisa que eles precisarem de mim, eu estou aqui para atender eles (sic)”, salienta.
Ainda em sua fala, Nair pediu para que respeitem suas decisões e seu modo de trabalhar. “Eu não gosto de ser afrontada. Sou pessoa das mais humildes”, disse. “Já fui chamada sim de vereadora que só da conta de arrumar caminhão de terra e tem muito vereador aqui que nem caminhão de terra da conta de arrumar, porque já chegaram em mim e falaram que já pediu 15, 20 vezes e não conseguiu. Então eu vou e arrumo”, revela Nair.
E se gabou mais uma vez. “Sou uma pessoa das mais simples, posso não ser culta, mas no meu trabalho eu tenho honestidade”.
Apesar da honestidade, o nome de Nair - e de outras 37 pessoas - figura em um procedimento investigatório do Ministério Público por ter sua nota fraudada no Concurso Público realizado pela Prefeitura de Itapagipe em novembro de 2011. A vereadora foi divulgada como a primeira classificada para o cargo de Operário, com 100% de acerto. Entretanto, segundo o MP, a vereadora teria sido, na verdade, reprovada, com 47,5% da nota. O concurso acabou sendo anulado pela prefeita após as denúncias.
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